Guerra Colonial

Buscador

Violência, tortura e luta pela sobrevivência na vida e nas obras de Luandino Vieira

Resumen

Partindo de algumas notas biográficas e históricas para contextualizar Luandino Vieira, escritor militante que elaborou um novo cânone das literaturas pós-coloniais de língua portuguesa, refletiremos sobre a importância da memória como instrumento de resistência em condições de limitação da liberdade (Todorov, 1996), destacando o valor auxiliar da escrita literária como fonte histórica, central no âmbito da produção do escritor, quase inteiramente surgida no cárcere. Finalmente, através da análise de dois contos de Vidas Novas, será avaliada a função de testemunho da totalidade da sua obra, com foco na representação da violência exercida pelas forças coloniais sobre o povo angolano.

Citas

Bonito Perfeito, A. A.; Castro, A.; Morgado, A. et. al., Dicionário da Língua portuguesa. Porto, Porto Editora, 2014;

Agência Lusa, “Luandino Vieira recusou Prémio Camões por já não escrever há muito tempo”. Em Rtp Notícias, 3/3/2007 <https://www.rtp.pt/noticias/cultura/luandino-vieira-recusou-premio-camoes-por-ja-nao-escrever-ha-muito-tempo_n160185> (accesso a 11 de outubro de 2022);

Chade, J. (2022). “Carta ao Nobel: descolonize-se, urgentemente”. Em Uol.br, 8/10/2022 <https://noticias.uol.com.br/colunas/jamil-chade/2022/10/09/carta-ao-nobel-de-literatura-descolonize-se-urgentemente.amp.htm?fbclid=IwAR0a-GEz9PPL_KzTDZ5gHdHO5BIhPEyc8zN2jadYM4vcjAkgSs8GckS8Ghs> (accesso a 10 de outubro de 2022);

Chaves, R., “José Luandino Vieira: consciência nacional e desassossego”, Revista de Letras, n. 40, 2000, 77-98;

Chaves, R.; Kaczorowski, Jacqueline, “Pela voz de Luandino Vieira”, Scripta, Belo Horizonte, v. 19, n. 37, 2015, 177-198;

Da Cunha, J.R., “Narrativas contemporâneas de Língua Portuguesa: a influência de Guimarães Rosa nas obras de Luandino Vieira e Mia Couto”, Letras de Hoje, Porto Alegre, v. 47, n. 2, abril/junho, 2012, 167-173;

Desti, R., “Nota” in Vieira, L., Luuanda. Traduzione di Eadem. Milano, Feltrinelli, 1990, 137-141;

Duarte Silva, A., O império e a constituição colonial portuguesa (1914-1974). Lisboa, Imprensa de História Contemporânea, 2019;

Editorial de “O Mundo Português”, 2, julho-agosto de 1935 in Bender, G., Angola sob o domínio português: mito e realidade. Lisboa, Livraria Sá da Costa, 1980;

Ercolessi, M.C., L’Angola indipendente. Roma, Carocci, 2011;

Fanon, F., I dannati della terra. Torino, Einaudi, 2007 <https://www.solidaritenordsud.net/res/site104700/res1451258_FANON-DANNATI-ITALIANO-.pdf>;

Fernandes Oliveira (de), M.A., A formação da literatura angolana (1851-1950). Lisboa, Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 1997;

Francavilla, R., “Le parole, l’amore, il filo spinato. Luandino Vieira a Tarrafal”, Publifarum, n. 32 – Da dietro le sbarre: arte, letteratura e carcere dall’Ottocento a oggi, 2020, 1-20;

Hamilton, R. G., Literatura africana, literatura necessária. Angola. Lisboa, Edições 70, 1981;

Laranjeira, P., Literaturas africanas de expressão portuguesa. Lisboa, Universidade Aberta, 1995;

Lucas, I., “Luandino Vieira recusa Camões por razões pessoais”. Em Diário de Notícias 25/05/2006 < https://www.dn.pt/arquivo/2006/luandino-vieira-recusa-camoes-por-razoes-pessoais-641087.html > (accesso a 11 de outubro de 2022);

MacQueen, N., The Decolonization of Portuguese Africa: Metropolitan Revolution and the Dissolution of the Empire. London, Longman, 1997;

Todorov, T., Gli abusi della memoria. Napoli, Ipermedium libri, 1996;

Memoria del male, tentazione del bene. Milano, Garzanti, 2001;

Sevcenko, N., Literatura como missão: tensões sociais e criação cultural na Primeira República. São Paulo, Companhia das Letras, 2003;

Vieira, L., Vidas Novas. Estórias. Lisboa, Edições 70, 1997;

Papéis da prisão: apontamentos, diário, correspondência (1962-1971). Alfragide, Caminho, 2015.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.